O dia 13 de junho de 1888 fica marcado pelo nascimento de Fernando Pessoa, poeta de destaque das letras portuguesas, poeta maior do modernismo literário de língua portuguesa e pensador inquietante... É conhecido pela sua singular criação de heterónimos, dos quais se destacam Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro como sendo os mais importantes.
(13/6/1888-30/11/1935)
O poema que a seguir apresentamos é atribuído ao ortónimo, ou seja, é assinado pelo próprio autor e não por algum dos seus heterónimos. Está incluído na sua memorável obra Mensagem (que faz parte do acervo da Biblioteca da escola).
"MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
Um génio!!
ResponderEliminarA obra que mais me fascinou: Ode Triunfal, Álvaro de Campos...
Para mim, um dos melhores heterónimos. :)
Ainda estou a ver a minha filha, no secundário (Hoje, já a caminho do 2º ano da Universidade)debruçada sobre as obras de Fernando Pessoa e seus heterónimos, e eu a recordar, cultivando de novo alguns saberes passados.
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